Basileia: 5 locais a não perder!

Quando se fala em Suíça, Basileia não é provavelmente a primeira cidade que vem à cabeça. Outras cidades mais populares como Zurique, Genebra, Berna ou até a zona dos Alpes são talvez as mais conhecidas.

Ainda assim esta é uma cidade que me surpreendeu, pelos locais, segurança e rede de transportes que falarei mais abaixo. Este é mais um destino ideal para um fim de semana prolongado.

Reúni alguns dos locais que não podem mesmo perder nesta cidade.

1. Bahnhof SBB Basel

A estação da cidade e talvez um dos primeiros edifícios com que se vão deparar à chegada, já que além dos comboios nacionais e internacionais, é também um dos principais terminais dos autocarros que liga a cidade ao Aeroporto mais próximo – o Euroairport.

A entrada principal da estação onde se encontra a loja e acessos às plataformas.
Pormenor de uma das pinturas num dos corredores da estação.

Além da bonita fachada, o interior esconde também algumas belas pinturas por entre os corredores que ligam as diversas lojas de conveniência, onde se inclui um supermercado e várias bancas com flores.

Flores no shopping da estação

2. Basel Munster

Este é mesmo o local imperdível na visita a esta cidade e é impossível ficar indiferente aos seus tons avermelhados. Com fundações datadas do séc. IX e inicialmente com 5 torres, muitas foram as modificações pelas quais passou esta catedral até chegar aos dias de hoje. Inicialmente construída como uma igreja católica, muitas foram as reformas e ajustes desde a sua construção. O terramoto de 1356 que assolou a cidade, destruiu uma grande parte do edifício tendo sido depois reconstruído, sendo esta a razão porque apenas restam 2 torres das originais.

Um dos acessos à catedral

Algumas curiosidades relacionadas com esta igreja:

  • Esta catedral já teve o nome de Adalberto Cathedral devido ao bispo que ordenou a sua construção, Adalberto II (aproximadamente. 999-1025);
  • A partir de 1019, com a consagração do imperador alemão Heinrich II passou a ser chamada de Heinrich Münster;
  • Após o terramoto foi reconstruída por Johannes Gmünd;
  • As duas torres foram nomeadas como Georgsturm (torre norte, com 64.2 m) e Martinsturm (torre sul, 62.7 m) em homenagem aos santos padroeiros dos cavaleiros (tendo escapado ambas ao terramoto);
  • Na zona traseira, existe uma replica em bronze com descrições em Braille para invisuais;
  • Aqui se encontram sepultados Erasmus de Roterdão e Jacob Bernoulli;
  • Hoje em dia é uma Igreja Protestante mas independentemente da religião vale muito a pena visitar.
Interior do Basel Munster
Mais um detalhe do que é possível encontrar no interior
Réplica do Basel Munster em bronze com inscrições em Braille

Na parte traseira do mosteiro, é possível descer até bem próximo das margens do rio Reno.

Aqui é possível fazer uma travessia entre margens num barco de madeira (aceitam euros). A paisagem é incrível e acaba por ser uma experiência rápida e não muito dispendiosa (2€, aprox.).

3. Rathaus (City Hall)

Este é um dos outros locais obrigatórios na visita a Basileia e aqueles que de todos foi o que me deixou mais maravilhada pelos tons, coloridos dado pelas paredes com pinturas ou telhados coloridos ocasionalmente salpicados com detalhes dourados. Foi construído após o terramoto e aqui é onde se reúne o parlamento da cidade.

O edifício situa-se no Marktplatz, onde todos os dias dizem haver um mercado com fruta e legumes.

4. Spalentor

Esta é uma das 3 portas da cidade que resistiu das fortificações datadas de 1400. Com 40,3m de altura, a torre principal é ladeada por outras duas torres em forma cilíndrica.

Tal como muitos outros edifícios da cidade, este também “sofreu” alguns ajustes estruturais – por exemplo o relógio foi colocado mais tarde em 1838 e na segunda metade do séc. XIX derrubaram algumas paredes. É considerado um dos mais belos da Suíça não passando indiferente a quem por ali passa.

5. Mittlere Brücke

O rio Reno com a ponte Mittlere Brücke

Uma ponte cheia de história já que a sua origem data de 1225 – data da primeira ponte, tendo sido renovada entre 1903 e 1905, sendo um importante ponto de passagem internacional.

Com 192m de comprimento, esta estrutura de granito liga duas margens do rio Reno de onde é possível admirar a paisagem, incluindo o Basel Munster. É possível encontrar também algumas estátuas ou pequenas construções que não passarão despercebidas como a Käppelijoch, uma cópia da capela antiga dos tempos da Idade Média.

Se ainda houver tempo…

Há outros locais que também merecem ser visitados, incluindo as ruas de Basileia. O facto de os transportes públicos serem gratuitos facilita imenso a mobilidade na cidade e acaba por ser possível conhecer muito mais. Abaixo uma série de locais e fotos a não perder.

O que saber?

Transportes, comida e outros detalhes

Basileia não é uma cidade barata, em especial se estivermos acostumados aos preços de Portugal. Esta cidade está localizada muito próxima da fronteira com 2 países: Alemanha e França. Devido a isto as línguas mais faladas são o francês e o alemão suíço (ainda assim mais a última como deu para perceber).

O aeroporto mais próximo e que a serve é o EuroAirport Basel Mulhouse Freiburg e apesar da Suíça não pertencer à União Europeia, integra o Espaço Schengen ( espaço de livre circulação na Europa).

Do aeroporto para o centro da cidade (como referi acima estação SBB Bahnhof) há a opção de autocarro (saindo na saída da Suíça, já que este aeroporto tem uma saída para o lado francês também). Para referência, este autocarro foi o 50 desde o aeroporto até à estação, sendo o mesmo numero no sentido inverso.

Apenas uma refeição fiz fora enquanto estive em Basileia, e nisso recomendo o Markthalle – várias opções de escolha mas tal como referi anteriormente esta é uma cidade cara pelo que contem sempre algo acima de pelo menos 20€ (mesmo fastfood que pedimos nessa noite, é mais caro que o habitual).

Fiquei na zona de Denkmal, muito perto da estação de comboios principal já mencionado acima.

Ver aqui hotéis e estadias em Basileia, Suíça.

Apesar da proximidade entre os diferentes pontos de interesse, andei quase sempre de trem. Esta cidade tem o BaselCard que é um cartão (virtual, no nosso caso tinhamos a versão em papel mas este pode facilmente perder-se ou danificar) que permite andar em todos os transportes públicos de forma gratuita (no momento da chegada podem imediatamente usufruir deste livre transito ao mostrar o comprovativo da reserva). Permite também descontos na entrada de museus e em algumas visitas guiadas.Com este cartão é possível ter acesso a vários pontos de internet espalhados na cidade.

A nível de comunicações, atenção a quem vem da Europa, já que a Suíça não está contemplada no roaming europeu e os preços das chamadas/SMS são elevados (minuto por chamada pode chegar aos 2,40€ /min). O Basel Card permite ter acesso a diversos hotspots gratuitos em vários locais da cidade, ou seja podem usar outras aplicações de comunicação. Se preferirem, andar livres para explorar e sem se preocupar com a internet, recomendo a compra de um e-sim, por exemplo como o Airlo, bastando instalar a aplicação*.

Outra nota , as tomadas são do tipo J – compativeis com as tipo C, mas não com as tipo F, usadas em Portugal.

A moeda do país é o franco suíço (CHF) mas muitos locais aceitam o Euro como pagamento.

Melhor altura para visitar

Não sei se existe uma altura ideal neste caso. A Suíça é conhecida em especial pelos seus destinos de neve e desportos de inverno, na qual Basileia não se inclui. Fui em finais de Abril/início de Maio e posso dizer que a meteorologia esteve bastante imprevisível o tempo todo – ora chovia, ora fazia sol e muito calor.

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